Ter uma visão não é ver muito bem, ver mais profundamente ou ver mais. Ter uma visão envolve um outro poder : um ver que não fixa nem se fixa e que capta o nunca visto, que capta isso que vem e devem. Isso que vem não cessa de se aproximar dos nossos olhos, mas nós não vemos pois ainda não é para nós, ou é para nós mas enquanto já não nos reconhecermos a nós mesmos, quer dizer, é para nós enquanto estivermos em vias de mudar. O verdadeiro rosto é mutante.
fotogramas de A Terra de Alexander Dovzhenko
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